At 2,1-11; 1Cor 12,3b-7.12-13; Jo 20,19-23
1) Pentecostes anuncia a vitória
pascal a toda criatura At 2,1-11
A diversidade de línguas e
culturas já não pode ser limite entre as pessoas humanas. Tudo o que é
positivo, tudo o que constrói, foi assumido e redimido em Jesus. Em Pentecostes,
“cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos” (1Cor
12,7). Não eram poliglotas, os apóstolos. Todavia, o anúncio deles foi
entendido na língua de cada um. Em sua sincera adesão a Jesus, eles já não
estão sós; o Espírito do Ressuscitado está com eles e quer permanecer com eles.
Nesta presença do Espírito começa a história da Igreja. Nesta mesma
presença do Divino Espírito, nosso linguajar, humilde e corajoso, penetrará em
muitos corações e iluminará muitas almas.
2) O segredo da unidade na
diversidade na Igreja 1Cor 12,3b-7.12-13
Em que consiste a unidade
da Igreja? Uma pastoral bem organizada, uma organização disciplinada, e até toda
a unidade em torno dos pastores, Bispos e Papa, devem ser sinal de algo muito
mais profundo da Igreja.
Se confiássemos apenas,
ou principalmente, na unidade organizacional, seria um grande perigo. A Sagrada
Escritura exige muito mais. E, hoje, urge uma unidade que é testemunho do
divino. Hoje, as fraquezas da Igreja estão sendo exploradas e tornam-se argumento
dos inimigos da Igreja. A disciplina quer ser conseqüência de um sincero amor.
Assim, a unidade torna-se eloqüente sinal de santidade. “Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo” (1Cor 12,3b). Será que isto é tão
claro no clima pastoral de hoje? Isto é tão evidente em nossos tão preciosos
catequistas? Será que a teologia já venceu seu medo, sua covardia de se proclamar
voz esclarecedora para a certeza de que Jesus é o Senhor? Nem eu posso dizer:
Jesus é o Senhor, senão no Espírito Santo.
Por isso devo e quero
rezar: “Vinde, Espírito Santo, iluminai-me e ensinai-me os mistérios de Jesus!
Vinde, trazei-me vossa força e santa alegria! Em vosso nome quero anunciar
Jesus”.
Então nós testemunhamos
aquilo que S, Paulo fala: “Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o
Senhor. Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas
em todos” (1Cor 12,5s).
3) O Espírito Santo inaugura a
“era nova” Jo 20,19-23
Como a ressurreição é o fundamento de Pentecostes, assim Pentecostes é a universalização, a
irradiação da Páscoa. Por isso, a Igreja oferece-nos hoje o Evangelho que é
da Páscoa. O Espírito do Ressuscitado tira nossas resistências e dá-nos a
invencível vontade de levar ao mundo inteiro a mensagem da
Ressurreição de Cristo. O Espírito Santo nos faz saber que o pecado é
perdoado, e a morte é transfigurada em participação na morte vitoriosa de Cristo
Jesus.
A Igreja, permeada pelo
Espírito, será transformadora do mundo Em três formas se mostra isto:
- Quem fala, prega,
ensina, deve manifestar-se possuído pelo Espírito. Só assim seremos formadores
da união da Igreja.
- Tudo o que é organização
na Igreja, deve manifestar que a verdadeira união vem do Divino Espírito, à
qual nós servimos.
- O perdão entre os
irmãos é a prova de que o Espírito do Senhor Jesus Cristo opera na Igreja e no
mundo.
Pentecostes faça também
de nós apóstolos. Devemos tornar-nos espirituais, portadores do Santo Espírito.
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